Desesperadamente eu chorei.
Não fazia parte. Pretendia pedir perdão!
Desculpar-me! Reconhecer o covarde que sou!
Demostrar com palavras o desprezo que às vezes tenho pela
aparência física que molda minha alma egoísta e vampiresca.
Desesperadamente chorei!
Não havia sentido dor semelhante!
Conformamo-nos quando sabemos que a viagem era esperada!
Quando os dias das pessoas que amamos já foram contados.
O Choro é doído! Mas é aceitável. Suportável! Controlável!
Mas para àquele choro não havia controle. Perdi o controle.
Uma sombra cobria meu corpo e penetrava inexplicavelmente em
minhas entranhas. Se não fosse seu abraço eu haveria perecido eternamente.
Você se compadeceu do meu sofrimento!
Percebeu que em mim era puro desespero! Sentiu a minha dor e
procurou acalantá-la com pontas de dedos que estavam desprotegidos de seu
habitual esmalte.
Milagrosamente me senti protegido!
Amado!
Meu choro infantil e louco encontrou colo em teus braços.
Uma mulher-mãe me tomou da dor e da escuridão, afugentado a
morte que rondava meu espírito.
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