LOST
Estes, têm sido, dias difíceis.
Não sei como eles terminarão.
Sinto-me cada vez mais perdido dentro desta ilha.
Ao amanhecer olho
para os lados e desconheço cada local de pernoite.
Durmo quando sou vencido pelo sono e cansaço e não consigo
ver mais nada!
As noites de luar são exceção, não durmo escondendo-me das
feras.
Quando chove não tenho onde me refugiar.
Meus ossos doem.
O frio aperta e a lembrança de ter deitado um dia contigo
fere minha mente. Às vezes sinto que mais sofre a parte do cérebro que guarda
tua lembrança.
O corte que tenho na palma do pé infeccionou.
A quase queda do
penhasco fez-me afastar-me dele. Sinto muita fome. Mas sinto mais fome de ti.
Não sei quanto tempo aguentarei.
Perdi a noção da contagem do tempo. Cansei de riscar em
pedras que são erodidas pela chuva. Não sei como vim parar aqui.
Mas sei que antes de ter vindo para cá eu estava contigo.
Minhas roupas estão deterioradas.
A nudez já pode ser
vista. Mas isto não importa mais. Fiquei nu de fato quando me abandonaste.
Onde estás que não sinto teu cheiro.
O que me jogou neste
paraíso-inferno.
Juro que se estivesses aqui comigo nenhum dos males que me
afligem seriam reconhecidos.
A noite mais uma vez está chegando.
Esta parece diferente.
Já não tenho tanto frio!
Não sinto algumas
partes de meu corpo.
Não estou mais
sentido tanta fome.
Letargicamente meu
corpo se comporta.
Sinto uma sonolência intensa.
Fecho meus olhos e
volto a sentir o teu cheiro.
Vejo-te menina.
Bebo a água guardada
nos poços de teu rosto.
Teu cabelo está
servindo, nesta derradeira madrugada, de manta para o meu corpo magro e cheio
de chagas. Tua mão acaricia meu coração.
Sinto seu aquecimento
novamente.
Os pingos da chuva
não me perturbam mais.
Sinto-me leve.
Vejo-te agora mais
claramente.
Você não me
abandonou!
Agora estou
entendendo!
Você só não podia
estar comigo.
Eu havia prometido
que te esperaria.
Mas antes eu tinha
que purga o que fiz sofrerem.
Agora nós podemos
ficar juntos.
Não preciso me
enroscar em teu corpo para te sentir plenamente.
Basta, para isso, um
leve toque de tuas mãos.
Um leve toque de teus lábios.
Um leve ventar de teu hálito.
Você voltou para me resgatar desta ilha...
Perdida no meio de oceanos de desespero e solidão.
Não faço ideia de
quantos mares de tempo você atravessou.
Mas você veio
resgatar o que de humano ainda havia em mim.
Podemos ir! Agora me
sinto protegido!
Mas antes viveremos a
realidade de termos novamente nos encontrado.
Minhas feridas se
fecharam.
A carne voltou ao meu
corpo.
Meus ossos quebrados
sararam.
Meus tendões se
fortaleceram.
Meus olhos puderam
novamente ver sem confusões.
Os sinais daquela
vida se foram do meu rosto.
Tenho agora o rosto
que tinha quando fomos criados:
O rosto do nosso
primeiro encontro.
Subiremos e
desceremos os montes.
Nadaremos.
Andaremos
interminavelmente pelas praias que já foram banhadas pelo meu choro.
Faremos pactos com o
sol que se põe e nasce com a nossa permissão.
Faremos, enfim, o
amor que sempre prometemos às nossas almas.
Agora sim podemos ir!
Agora me sinto protegido!
Obrigado por não ter desistido de mim!
Estes, têm sido, dias difíceis.
Não sei como eles terminarão.
Sinto-me cada vez mais perdido dentro desta ilha.
Ao amanhecer olho
para os lados e desconheço cada local de pernoite.
Durmo quando sou vencido pelo sono e cansaço e não consigo
ver mais nada!
As noites de luar são exceção, não durmo escondendo-me das
feras.
Quando chove não tenho onde me refugiar.
Meus ossos doem.
O frio aperta e a lembrança de ter deitado um dia contigo
fere minha mente. Às vezes sinto que mais sofre a parte do cérebro que guarda
tua lembrança.
O corte que tenho na palma do pé infeccionou.
A quase queda do
penhasco fez-me afastar-me dele. Sinto muita fome. Mas sinto mais fome de ti.
Não sei quanto tempo aguentarei.
Perdi a noção da contagem do tempo. Cansei de riscar em
pedras que são erodidas pela chuva. Não sei como vim parar aqui.
Mas sei que antes de ter vindo para cá eu estava contigo.
Minhas roupas estão deterioradas.
A nudez já pode ser
vista. Mas isto não importa mais. Fiquei nu de fato quando me abandonaste.
Onde estás que não sinto teu cheiro.
O que me jogou neste
paraíso-inferno.
Juro que se estivesses aqui comigo nenhum dos males que me
afligem seriam reconhecidos.
A noite mais uma vez está chegando.
Esta parece diferente.
Já não tenho tanto frio!
Não sinto algumas
partes de meu corpo.
Não estou mais
sentido tanta fome.
Letargicamente meu
corpo se comporta.
Sinto uma sonolência intensa.
Fecho meus olhos e
volto a sentir o teu cheiro.
Vejo-te menina.
Bebo a água guardada
nos poços de teu rosto.
Teu cabelo está
servindo, nesta derradeira madrugada, de manta para o meu corpo magro e cheio
de chagas. Tua mão acaricia meu coração.
Sinto seu aquecimento
novamente.
Os pingos da chuva
não me perturbam mais.
Sinto-me leve.
Vejo-te agora mais
claramente.
Você não me
abandonou!
Agora estou
entendendo!
Você só não podia
estar comigo.
Eu havia prometido
que te esperaria.
Mas antes eu tinha
que purga o que fiz sofrerem.
Agora nós podemos
ficar juntos.
Não preciso me
enroscar em teu corpo para te sentir plenamente.
Basta, para isso, um
leve toque de tuas mãos.
Um leve toque de teus lábios.
Um leve ventar de teu hálito.
Você voltou para me resgatar desta ilha...
Perdida no meio de oceanos de desespero e solidão.
Não faço ideia de
quantos mares de tempo você atravessou.
Mas você veio
resgatar o que de humano ainda havia em mim.
Podemos ir! Agora me
sinto protegido!
Mas antes viveremos a
realidade de termos novamente nos encontrado.
Minhas feridas se
fecharam.
A carne voltou ao meu
corpo.
Meus ossos quebrados
sararam.
Meus tendões se
fortaleceram.
Meus olhos puderam
novamente ver sem confusões.
Os sinais daquela
vida se foram do meu rosto.
Tenho agora o rosto
que tinha quando fomos criados:
O rosto do nosso
primeiro encontro.
Subiremos e
desceremos os montes.
Nadaremos.
Andaremos
interminavelmente pelas praias que já foram banhadas pelo meu choro.
Faremos pactos com o
sol que se põe e nasce com a nossa permissão.
Faremos, enfim, o
amor que sempre prometemos às nossas almas.
Agora sim podemos ir!
Agora me sinto protegido!
Obrigado por não ter desistido de mim!