sábado, 31 de janeiro de 2015

LOST




LOST
Estes, têm sido, dias difíceis.
Não sei como eles terminarão.
Sinto-me cada vez mais perdido dentro desta ilha.
 Ao amanhecer olho para os lados e desconheço cada local de pernoite.
Durmo quando sou vencido pelo sono e cansaço e não consigo ver mais nada!
As noites de luar são exceção, não durmo escondendo-me das feras.
Quando chove não tenho onde me refugiar.
 Meus ossos doem.
O frio aperta e a lembrança de ter deitado um dia contigo fere minha mente. Às vezes sinto que mais sofre a parte do cérebro que guarda tua lembrança.
O corte que tenho na palma do pé infeccionou.
A  quase queda do penhasco fez-me afastar-me dele. Sinto muita fome. Mas sinto mais fome de ti.
Não sei quanto tempo aguentarei.
Perdi a noção da contagem do tempo. Cansei de riscar em pedras que são erodidas pela chuva. Não sei como vim parar aqui.
Mas sei que antes de ter vindo para cá eu estava contigo.
Minhas roupas estão deterioradas.
 A nudez já pode ser vista. Mas isto não importa mais. Fiquei nu de fato quando me abandonaste.
Onde estás que não sinto teu cheiro.
 O que me jogou neste paraíso-inferno.
Juro que se estivesses aqui comigo nenhum dos males que me afligem seriam reconhecidos.
A noite mais uma vez está chegando.
Esta parece diferente.
Já não tenho tanto frio!
 Não sinto algumas partes de meu corpo.
 Não estou mais sentido tanta fome.
 Letargicamente meu corpo se comporta.
Sinto uma sonolência intensa.
 Fecho meus olhos e volto a sentir o teu cheiro.
 Vejo-te menina.
 Bebo a água guardada nos poços de teu rosto.
 Teu cabelo está servindo, nesta derradeira madrugada, de manta para o meu corpo magro e cheio de chagas. Tua mão acaricia meu coração.
 Sinto seu aquecimento novamente.
 Os pingos da chuva não me perturbam mais.
 Sinto-me leve.
 Vejo-te agora mais claramente.
 Você não me abandonou!
 Agora estou entendendo!
 Você só não podia estar comigo.
 Eu havia prometido que te esperaria.
 Mas antes eu tinha que purga o que fiz sofrerem.
 Agora nós podemos ficar juntos.
 Não preciso me enroscar em teu corpo para te sentir plenamente.
 Basta, para isso, um leve toque de tuas mãos.
Um leve toque de teus lábios.
Um leve ventar de teu hálito.
Você voltou para me resgatar desta ilha...
Perdida no meio de oceanos de desespero e solidão.
 Não faço ideia de quantos mares de tempo você atravessou.
 Mas você veio resgatar o que de humano ainda havia em mim.
 Podemos ir! Agora me sinto protegido!
 Mas antes viveremos a realidade de termos novamente nos encontrado.
 Minhas feridas se fecharam.
 A carne voltou ao meu corpo.
 Meus ossos quebrados sararam.
 Meus tendões se fortaleceram.
 Meus olhos puderam novamente ver sem confusões.
 Os sinais daquela vida se foram do meu rosto.
 Tenho agora o rosto que tinha quando fomos criados:
 O rosto do nosso primeiro encontro.
 Subiremos e desceremos os montes.
 Nadaremos.
 Andaremos interminavelmente pelas praias que já foram banhadas pelo meu choro.
 Faremos pactos com o sol que se põe e nasce com a nossa permissão.
 Faremos, enfim, o amor que sempre prometemos às nossas almas.
Agora sim podemos ir!
Agora me sinto protegido!
Obrigado por não ter desistido de mim!


Estes, têm sido, dias difíceis.
Não sei como eles terminarão.
Sinto-me cada vez mais perdido dentro desta ilha.
 Ao amanhecer olho para os lados e desconheço cada local de pernoite.
Durmo quando sou vencido pelo sono e cansaço e não consigo ver mais nada!
As noites de luar são exceção, não durmo escondendo-me das feras.
Quando chove não tenho onde me refugiar.
 Meus ossos doem.
O frio aperta e a lembrança de ter deitado um dia contigo fere minha mente. Às vezes sinto que mais sofre a parte do cérebro que guarda tua lembrança.
O corte que tenho na palma do pé infeccionou.
A  quase queda do penhasco fez-me afastar-me dele. Sinto muita fome. Mas sinto mais fome de ti.
Não sei quanto tempo aguentarei.
Perdi a noção da contagem do tempo. Cansei de riscar em pedras que são erodidas pela chuva. Não sei como vim parar aqui.
Mas sei que antes de ter vindo para cá eu estava contigo.
Minhas roupas estão deterioradas.
 A nudez já pode ser vista. Mas isto não importa mais. Fiquei nu de fato quando me abandonaste.
Onde estás que não sinto teu cheiro.
 O que me jogou neste paraíso-inferno.
Juro que se estivesses aqui comigo nenhum dos males que me afligem seriam reconhecidos.
A noite mais uma vez está chegando.
Esta parece diferente.
Já não tenho tanto frio!
 Não sinto algumas partes de meu corpo.
 Não estou mais sentido tanta fome.
 Letargicamente meu corpo se comporta.
Sinto uma sonolência intensa.
 Fecho meus olhos e volto a sentir o teu cheiro.
 Vejo-te menina.
 Bebo a água guardada nos poços de teu rosto.
 Teu cabelo está servindo, nesta derradeira madrugada, de manta para o meu corpo magro e cheio de chagas. Tua mão acaricia meu coração.
 Sinto seu aquecimento novamente.
 Os pingos da chuva não me perturbam mais.
 Sinto-me leve.
 Vejo-te agora mais claramente.
 Você não me abandonou!
 Agora estou entendendo!
 Você só não podia estar comigo.
 Eu havia prometido que te esperaria.
 Mas antes eu tinha que purga o que fiz sofrerem.
 Agora nós podemos ficar juntos.
 Não preciso me enroscar em teu corpo para te sentir plenamente.
 Basta, para isso, um leve toque de tuas mãos.
Um leve toque de teus lábios.
Um leve ventar de teu hálito.
Você voltou para me resgatar desta ilha...
Perdida no meio de oceanos de desespero e solidão.
 Não faço ideia de quantos mares de tempo você atravessou.
 Mas você veio resgatar o que de humano ainda havia em mim.
 Podemos ir! Agora me sinto protegido!
 Mas antes viveremos a realidade de termos novamente nos encontrado.
 Minhas feridas se fecharam.
 A carne voltou ao meu corpo.
 Meus ossos quebrados sararam.
 Meus tendões se fortaleceram.
 Meus olhos puderam novamente ver sem confusões.
 Os sinais daquela vida se foram do meu rosto.
 Tenho agora o rosto que tinha quando fomos criados:
 O rosto do nosso primeiro encontro.
 Subiremos e desceremos os montes.
 Nadaremos.
 Andaremos interminavelmente pelas praias que já foram banhadas pelo meu choro.
 Faremos pactos com o sol que se põe e nasce com a nossa permissão.
 Faremos, enfim, o amor que sempre prometemos às nossas almas.
Agora sim podemos ir!
Agora me sinto protegido!
Obrigado por não ter desistido de mim!

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