
Tua voz ao vento é um desafio para mim.
Sentia-me fechado vivendo sob o domínio de antigos impérios. Mas novos ventos sopraram ...muros estão desmoronando... chegam aos meus ouvidos novas esperanças. Assobios de esperanças.
Como uma enciclopédia encheste-me de palavras...
todas elas doces e que traziam o amanhã pós anoitecer...
Revivo as memorias e separo os “ssss” e “rrrr” de momentos de luta por se alcançar uma nova glória.
Quero reviver novamente está noite.
O novo desafio de querer fugir do tempo sem que o tempo fuja de mim....
As horas foram embaladas pelo vento de tua voz. E tua voz foi como chuva que acalmou o verão. Que suavizou o sal trazido pelo vento após vencer o desafio da distância percorrida sobre o mar.
Quero entender a mágica que transforma sons saídos de tua boca, em sementes que geram florestas em solo árido.
Sulcos cavados na terra brotam riachos que revidam um lugar que estava ficando desértico.
Ravinas tornam-se rios ao comando de teus lábios...
roucamente ouço meu nome e desejo ardentemente retribuir com um Eu não quero que tu vás...
Demorastes tanto para reaparecer e, agora quase me escapastes...
Mas como prender uma voz? Como dominar uma entidade? Decididamente não quero mais prender ninguém... não posso mais dominar ninguém...Quero somente ser novamente embalado pelos teus sons...
Pode uma voz superar um perfume? Pode uma voz ter perfume? Não compreendo. Somente sei que ela existe...não muito distante. No entanto, não tão perto que eu possa alcançá-la.
Permita-me com a sua presença. Deixe-me tocar teu rosto que reflete a luz do sol nascente.
Compartilhe sua alegria e preserve a floresta que criaste.

Fertiliza o solo que tomaste posse. Ocupe os espaços que não eram imaginados existir.

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